Olá iniciantes! Se você sempre pesquisa na internet ou compra revistas de scrapbooking vai ver que entre as scrappers existem muitas diferenças em suas páginas. Cada página fala de algo diferente e cada scrapper usa diferentes métodos para expressar seus sentimentos, podemos classificar suas páginas em determinados estilos. Algumas páginas nos levam ao olhar puro e simples, outras com muitas camadas de papéis e enfeites. Sim, cada página é única, assim como os estilos, mas o scrap é seu, a história contada é a sua e nada impede que você misture os estilos ou crie um novo jeito de fazer scrap. Não fique presa a estilos e tendências, ouse, crie! Vamos começar falando do estilo Clean and Simple.
Clean and Simple
Como o próprio nome, o estilo Clean and Simple, sugere páginas limpas, claras, simples na sua composição. São projetos minimalistas, com poucos e bem colocados elementos, as fotos geralmente são quadradas ou retangulares. Essa página dá destaque à foto e ao journaling, com grandes espaços vazios, ou os papéis usados com muita simetria. Esse estilo funciona muito bem com fotos muito coloridas e com muitas informações ou em lay-outs duplos (páginas duplas).
Uma scrapper famosa que é referência nesse estilo é Cathy Zielske, autora do livro Clean and Simple Scrapbooking - The Sequel. Nesse livro ela explica como fazer páginas simples, mas seguindo preceitos básicos de design. Ela explica que sem um bom design as páginas se tornam apenas um amontoados de fotos e enfeites. No site Scraparty da Renata Pacheco tem uma resenha excelente desse livro.
Essa é uma página da Cathy, de scrap hibrido, ou seja, scrap artesanal com alguns elementos digitais.
Para saber um pouco mais sobre o seu trabalho visite o seu blog: http://cathyzielske.typepad.com
Eu fiz uma página nesse estilo, é um lift da Regiane Torres que usa esse estilo muito bem.
Bom, por hoje é só.
Espero que gostem e acompanhem nosso artigo, mandem suas dúvidas para o nosso e-mail scrapcuritiba@bol.com.br
Até o próximo artigo!
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quinta-feira, 20 de maio de 2010
quarta-feira, 17 de março de 2010
Afinal, Scrap o que?
Olá iniciantes! Vamos continuar falando sobre material alternativo, e quem vai nos ajudar é a Luciana.
Dica de material alternativo - Toalhas Rendadas.
Uma das coisas que gosto no scrap é a possibilidade de se utilizar vários materiais alternativos, que são acid free e que tem um preço acessível. Um exemplo são as toalhas rendadas! Aquelas que encontramos nas lojas de artigos para festa! Estas toalhinhas são acid free e dão um toque especial aos trabalhos. Eu que gosto de fazer layouts mais românticos, acabo usando.
A variedade de emprego das toalhinhas é enorme, a começar pelos tamanhos e formas.
As redondas são as mais comuns, com diâmetros variados.
Existem as retangulares que servem como “tapete” para as fotos. Tem toalhinha em forma de coração.... A maioria é branca, mas também tem as douradas e prateadas.
A cor pode ser alterada com tinta spray (servem até como máscaras) ou tinta acrílica. As toalhinhas podem ser recortadas, criando-se várias formas, como flores e borboletas e até mesmo pequenas árvores de Natal.
Enfim, a variedade é imensa, o efeito é lindo e o precinho é camarada!
Luciana, obrigada por sua rica contribuição na coluna, o texto ficou muito bom.
Até a próxima.
Dica de material alternativo - Toalhas Rendadas.
Uma das coisas que gosto no scrap é a possibilidade de se utilizar vários materiais alternativos, que são acid free e que tem um preço acessível. Um exemplo são as toalhas rendadas! Aquelas que encontramos nas lojas de artigos para festa! Estas toalhinhas são acid free e dão um toque especial aos trabalhos. Eu que gosto de fazer layouts mais românticos, acabo usando.
A variedade de emprego das toalhinhas é enorme, a começar pelos tamanhos e formas.
As redondas são as mais comuns, com diâmetros variados.
Existem as retangulares que servem como “tapete” para as fotos. Tem toalhinha em forma de coração.... A maioria é branca, mas também tem as douradas e prateadas.
A cor pode ser alterada com tinta spray (servem até como máscaras) ou tinta acrílica. As toalhinhas podem ser recortadas, criando-se várias formas, como flores e borboletas e até mesmo pequenas árvores de Natal.
Enfim, a variedade é imensa, o efeito é lindo e o precinho é camarada!
Luciana, obrigada por sua rica contribuição na coluna, o texto ficou muito bom.
Até a próxima.
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
Afinal, Scrap o que?
Olá iniciantes, o texto de hoje é da nossa querida Aninha, sobre a utilização de materiais alternativos. Aproveite a leitura:
Dica de material alternativo - cortiça.
O scrap está cada dia ganhando mais espaço... sendo mais reconhecido..., mais divulgado e cada vez mais apaixonante!! Isso é tão bom, né?? E porque? Simplesmente porque alguns momentos de nossas vidas devem ser eternizados. Sendo assim, nada melhor do que fazer Scrapbook para guardar para sempre os nossos registros. Mas o mundo do Scrap é recheado de opções de materiais para criar o layout e ultimamente quem não gosta de descobrir um material alternativo e usá-lo?
Então hoje venho dar uma dica especial que aprendi com a Scrapper Pati Dias e tenho utilizado muito. Sabe qual é? O uso da cortiça para deixar seus trabalhos mais bonitos e chamativos. Definitivamente a cortiça é um material que está super na moda no scrap. O mais indicado é o de 1mm, você pode comprar em papelarias e lojas de materiais diversos como casa das borrachas, etc... Vale a pena procurar pois os trabalhos ficam lindos e é de fácil manuseio. A cortiça da para pintar com tinta, carimbar e usar como tapete de uma foto ou título. É só você criar e fazer arte.
Seguem alguns layouts lindos com exemplos de utilização:
Página da Pati Dias - tapete para as fotos.
Página da Pati Dias - enfeites.
Página da Aninha Siqueira - tapete para a foto.
Página da Aninha Siqueira - tapete para a foto.
Página da Fabi - base da foto.
Página da Fabi - tapete da foto.
Espero que tenham gostado da minha dica.
Beijos e uma boa semana recheada de scrap e arte.
Aninha Siqueira
Aninha obrigada por sua contribuição! Seu texto está ótimo!
Agradeço também as meninas que cederam fotos de seus lindos trabalhos!
Até o próximo artigo.
Dica de material alternativo - cortiça.
O scrap está cada dia ganhando mais espaço... sendo mais reconhecido..., mais divulgado e cada vez mais apaixonante!! Isso é tão bom, né?? E porque? Simplesmente porque alguns momentos de nossas vidas devem ser eternizados. Sendo assim, nada melhor do que fazer Scrapbook para guardar para sempre os nossos registros. Mas o mundo do Scrap é recheado de opções de materiais para criar o layout e ultimamente quem não gosta de descobrir um material alternativo e usá-lo?
Então hoje venho dar uma dica especial que aprendi com a Scrapper Pati Dias e tenho utilizado muito. Sabe qual é? O uso da cortiça para deixar seus trabalhos mais bonitos e chamativos. Definitivamente a cortiça é um material que está super na moda no scrap. O mais indicado é o de 1mm, você pode comprar em papelarias e lojas de materiais diversos como casa das borrachas, etc... Vale a pena procurar pois os trabalhos ficam lindos e é de fácil manuseio. A cortiça da para pintar com tinta, carimbar e usar como tapete de uma foto ou título. É só você criar e fazer arte.
Seguem alguns layouts lindos com exemplos de utilização:
Página da Pati Dias - tapete para as fotos.
Página da Pati Dias - enfeites.
Página da Aninha Siqueira - tapete para a foto.
Página da Aninha Siqueira - tapete para a foto.
Página da Fabi - base da foto.
Página da Fabi - tapete da foto.
Espero que tenham gostado da minha dica.
Beijos e uma boa semana recheada de scrap e arte.
Aninha Siqueira
Aninha obrigada por sua contribuição! Seu texto está ótimo!
Agradeço também as meninas que cederam fotos de seus lindos trabalhos!
Até o próximo artigo.
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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Artigo de Fotografia - Regra dos terços
Estamos de volta com um excelente artigo sobre fotografia de Gerhard Waller, falando sobre a regra dos terços.
Muitas vezes nos perguntamos porque nossas fotos são tecnicamente boas porém visualmente não nos diz muita coisa quando comparamos elas com as de outros fotógrafos mais experientes. Em 99% das vezes a resposta se dá em uma palavra: composição.
Composição é o modo em que montamos a fotografia, ou seja, como colocamos no enquadramento o motivo principal assim como o fundo e demais componentes da foto. Para algumas pessoas, principalmente artistas plásticos, isso é uma tarefa fácil e intuitiva porém muitos sentem dificuldades em montar e enquadrar o tema no visor da câmera.
Nosso primeiro instinto é centralizar o tema a ser fotografado, nos preocupando se está simetricamente distribuido no quadro da foto. Em algumas situações, como em retratos, esse tipo de enquadramento funciona porém na maioria das vezes o resultado é uma foto estática, que não nos diz muita coisa. Olhamos para a fotografia e em poucos instantes conseguimos interpretar toda ela e isso, num certo sentido, nos deixa um tanto frustrado. É mais ou menos como ler um livro sabendo todo o enredo dele, podemos nos deliciar com a linguagem e o modo como o autor escreveu ele porém todo o mistério já não existe pois sabemos tudo o que irá acontecer.
Podemos pensar a fotografia da mesma forma. Ao criarmos uma necessidade de interpretação da foto cria-se uma tensão, uma necessidade de interpretarmos a foto e com isso a necessidade de passar mais tempo vendo ela, interpretando os detalhes e como o motivo principal interage com a paisagem. Mas como criar essa tensão? Como fazer com que nosso motivo principal se destaque no meio de uma paisagem? Um dos recursos para fazermos isso é a chamada “regra dos terços”.
A regra dos terços não é uma criação da fotografia, os antigos pintores sabiam que ao se criar duas linhas verticais e duas linhas horizontas imaginárias de forma proporcional na tela (podemos imaginar um jogo da velha simétrico), os pontos coincidentes dessas linhas eram os pontos da tela que chamava mais a atenção do nosso olhar (fig. 1). Sabendo disso eles colocavam propositalmente os motivos principais de suas pinturas nesses pontos coincidentes.
Na fotografia usamos o mesmo conceito, colocamos nosso assunto principal coincidindo com um dos quatro pontos de interesse da regra dos terços. No entanto não apenas os quatro pontos de interesse são úteis, podemos usar também as duas linhas verticais e horizontais para dividir a fotografia e criar uma equilíbrio na composição. Linhas do horizonte são um bom exemplo para o uso da linha horizontal: se o céu é o que queremos mostrar mais usamos a linha inferior como divisão do horizonte e a paisagem terrena é o que queremos mostrar mais, então usamos a linha superior como divisão. Linhas do horizonte dividindo a foto no meio em geral tornam a foto monótona, a não ser que nossa intenção seja reja realmente dividir a foto ao meio, para enfatizar reflexos ou simetrias na foto por exemplo.
Um exemplo do uso de um dos quatro pontos de interesse da regra dos terços é verificada na foto 1.
Na foto 1 verificamos que o motivo principal coincide com o ponto de interesse superior esquerdo da foto. Ao analisarmos a fotografia verificamos também que os dois rapazes junto à bicicleta estão próximos ao ponto de interesse superior direito, o que nos faz chamar a atenção para eles. A leitura de nós ocidentais é sempre da esquerda para a direita e de cima para baixo, esse fato e mais o fato dos rapazes estarem fora de foco faz com que primeiro nossa atenção seja direcionada para o rapaz que está lendo e depois para os dois rapazes no segundo plano.
Notamos também que os limites superior e lateral da grade coincide com as linhas superior e direita, equilibrando ainda mais a fotografia.
A regra dos terços na prática
No começo pode parecer dificil mas com o tempo conseguimos imaginar as linhas no visor da câmera e compor a foto de acordo com a regra dos terços. Algumas câmeras inclusive vem com o recurso de mostrar as linhas no viso e/ou tela, facilitando bastante o momento da composição porém haverá situações em que teremos muito pouco tempo para enquadrar e compor a fotografia. Nessas situações podemos aplicar a regra dos terços no momento da edição da foto no computador usando um editor de imagens (Photoshop, Lightroom, Aperture, etc.).
Podemos citar um exemplo prático. Ao fotografar um pássaro temos muito pouco tempo para preparar a câmera, enquadrar, compor a foto e clicar. No caso da fotografia mostrada em foto 2, o corvo pousou no muro e tive que pegar a câmera, tirar a proteção da lente, ligar, enquadrar a foto e clicar em menos de 5 segundos. Se eu fosse parar para compor melhor a foto o corvo teria voado e eu perderia a foto. Nessas situação podemos enquadrar o corvo no centro da foto e abrir um pouco mais o campo de visão (menos zoom), assim teremos o motivo principal e espaço suficiente ao redor dele para editarmos e compormos a foto. Veja bem, o ideal é compor a foto no momento em que a tiramos, cada segundo que a gente economiza no momento da foto será necessário um minuto ou até mais no editor de fotos para corrigir ela.
A foto tecnicamente está boa porém é uma foto que não nos diz muita coisa. Ao olhar para ela vemos o corvo em primeiro plano em cima de um muro e nossa leitura termina por aí, vemos uma praça no fundo mas nada lá atrás nos chama a atenção.
Começamos então redimensionando e cortando a foto (crop) nos baseando na regra dos terços. Começamos posicionando o corvo no canto inferior esquerdo, assim teremos uma boa visão do fundo também, e o resultado é a foto 3.
Foto 3 - Resultado da foto original após o deslocamento do corvo
para o ponto de interesse inferior esquerdo
O resultado é uma foto um pouco mais bem resolvida e agora o corvo nos chama mais a atenção e o segundo plano se faz mais evidente, ajudando a compor a foto, porém o muro mais parece um chão agora. Para resolver esse “problema” moveremos o corvo para o canto superior esquerdo, como mostrado na foto 4.
O corvo aparece mais destacado porém o segundo plano ficou mais apagado e o muro ficou com um destaque muito grande, além de sua linha estar muito centralizado na foto.
Comparando-se com a foto 3 o resultado da foto 4 ficou a desejar.
Como uma terceira opção colocaremos a linha do muro coincidindo com a linha imaginária horizontal inferior e o corvo coincidindo com a linha imaginária vertical esquerda. Podemos verificar o resultado na foto 5.
Foto 5 - Foto original após coincidir a linha do muro com a linha horizontal inferior
e o corvo com a linha vertical esquerda.
Como resultado temos uma foto muito mais bem resolvida comparando-se com as fotos 3 e 4. O corvo tem um destaque no primeiro plano, a linha do muro está numa posição mais agradável e o segundo plano também nos chama a atenção, ajudando a compor a foto.
É claro que o resultado sempre é subjetivo e o que pode ser mais agradável para uns pode não ser para outros. No exemplo dado algumas pessoas irão preferir a foto 3, outras a foto 4 ou mesmo a 5 e também algumas pessoas irão preferir a foto original, com o corvo centralizado. No meu ponto de vista a foto 5 é a mais bem resolvida. Se formos analisar friamente todas as fotos estão corretas e o que irá pesar mais será o que queremos passar com a fotografia.
Como toda regra na fotografia, a regra dos terços não é uma regra rígida que deve ser seguida a risca porém ela é uma excelente ferramenta para nos ajudar a criar fotos mais agradáveis ao nosso olhar.
Muitas vezes nos perguntamos porque nossas fotos são tecnicamente boas porém visualmente não nos diz muita coisa quando comparamos elas com as de outros fotógrafos mais experientes. Em 99% das vezes a resposta se dá em uma palavra: composição.
Composição é o modo em que montamos a fotografia, ou seja, como colocamos no enquadramento o motivo principal assim como o fundo e demais componentes da foto. Para algumas pessoas, principalmente artistas plásticos, isso é uma tarefa fácil e intuitiva porém muitos sentem dificuldades em montar e enquadrar o tema no visor da câmera.
Nosso primeiro instinto é centralizar o tema a ser fotografado, nos preocupando se está simetricamente distribuido no quadro da foto. Em algumas situações, como em retratos, esse tipo de enquadramento funciona porém na maioria das vezes o resultado é uma foto estática, que não nos diz muita coisa. Olhamos para a fotografia e em poucos instantes conseguimos interpretar toda ela e isso, num certo sentido, nos deixa um tanto frustrado. É mais ou menos como ler um livro sabendo todo o enredo dele, podemos nos deliciar com a linguagem e o modo como o autor escreveu ele porém todo o mistério já não existe pois sabemos tudo o que irá acontecer.
Podemos pensar a fotografia da mesma forma. Ao criarmos uma necessidade de interpretação da foto cria-se uma tensão, uma necessidade de interpretarmos a foto e com isso a necessidade de passar mais tempo vendo ela, interpretando os detalhes e como o motivo principal interage com a paisagem. Mas como criar essa tensão? Como fazer com que nosso motivo principal se destaque no meio de uma paisagem? Um dos recursos para fazermos isso é a chamada “regra dos terços”.
A regra dos terços não é uma criação da fotografia, os antigos pintores sabiam que ao se criar duas linhas verticais e duas linhas horizontas imaginárias de forma proporcional na tela (podemos imaginar um jogo da velha simétrico), os pontos coincidentes dessas linhas eram os pontos da tela que chamava mais a atenção do nosso olhar (fig. 1). Sabendo disso eles colocavam propositalmente os motivos principais de suas pinturas nesses pontos coincidentes.
Na fotografia usamos o mesmo conceito, colocamos nosso assunto principal coincidindo com um dos quatro pontos de interesse da regra dos terços. No entanto não apenas os quatro pontos de interesse são úteis, podemos usar também as duas linhas verticais e horizontais para dividir a fotografia e criar uma equilíbrio na composição. Linhas do horizonte são um bom exemplo para o uso da linha horizontal: se o céu é o que queremos mostrar mais usamos a linha inferior como divisão do horizonte e a paisagem terrena é o que queremos mostrar mais, então usamos a linha superior como divisão. Linhas do horizonte dividindo a foto no meio em geral tornam a foto monótona, a não ser que nossa intenção seja reja realmente dividir a foto ao meio, para enfatizar reflexos ou simetrias na foto por exemplo.
Um exemplo do uso de um dos quatro pontos de interesse da regra dos terços é verificada na foto 1.
Na foto 1 verificamos que o motivo principal coincide com o ponto de interesse superior esquerdo da foto. Ao analisarmos a fotografia verificamos também que os dois rapazes junto à bicicleta estão próximos ao ponto de interesse superior direito, o que nos faz chamar a atenção para eles. A leitura de nós ocidentais é sempre da esquerda para a direita e de cima para baixo, esse fato e mais o fato dos rapazes estarem fora de foco faz com que primeiro nossa atenção seja direcionada para o rapaz que está lendo e depois para os dois rapazes no segundo plano.
Notamos também que os limites superior e lateral da grade coincide com as linhas superior e direita, equilibrando ainda mais a fotografia.
A regra dos terços na prática
No começo pode parecer dificil mas com o tempo conseguimos imaginar as linhas no visor da câmera e compor a foto de acordo com a regra dos terços. Algumas câmeras inclusive vem com o recurso de mostrar as linhas no viso e/ou tela, facilitando bastante o momento da composição porém haverá situações em que teremos muito pouco tempo para enquadrar e compor a fotografia. Nessas situações podemos aplicar a regra dos terços no momento da edição da foto no computador usando um editor de imagens (Photoshop, Lightroom, Aperture, etc.).
Podemos citar um exemplo prático. Ao fotografar um pássaro temos muito pouco tempo para preparar a câmera, enquadrar, compor a foto e clicar. No caso da fotografia mostrada em foto 2, o corvo pousou no muro e tive que pegar a câmera, tirar a proteção da lente, ligar, enquadrar a foto e clicar em menos de 5 segundos. Se eu fosse parar para compor melhor a foto o corvo teria voado e eu perderia a foto. Nessas situação podemos enquadrar o corvo no centro da foto e abrir um pouco mais o campo de visão (menos zoom), assim teremos o motivo principal e espaço suficiente ao redor dele para editarmos e compormos a foto. Veja bem, o ideal é compor a foto no momento em que a tiramos, cada segundo que a gente economiza no momento da foto será necessário um minuto ou até mais no editor de fotos para corrigir ela.
A foto tecnicamente está boa porém é uma foto que não nos diz muita coisa. Ao olhar para ela vemos o corvo em primeiro plano em cima de um muro e nossa leitura termina por aí, vemos uma praça no fundo mas nada lá atrás nos chama a atenção.
Começamos então redimensionando e cortando a foto (crop) nos baseando na regra dos terços. Começamos posicionando o corvo no canto inferior esquerdo, assim teremos uma boa visão do fundo também, e o resultado é a foto 3.

para o ponto de interesse inferior esquerdo
O resultado é uma foto um pouco mais bem resolvida e agora o corvo nos chama mais a atenção e o segundo plano se faz mais evidente, ajudando a compor a foto, porém o muro mais parece um chão agora. Para resolver esse “problema” moveremos o corvo para o canto superior esquerdo, como mostrado na foto 4.
O corvo aparece mais destacado porém o segundo plano ficou mais apagado e o muro ficou com um destaque muito grande, além de sua linha estar muito centralizado na foto.
Comparando-se com a foto 3 o resultado da foto 4 ficou a desejar.
Como uma terceira opção colocaremos a linha do muro coincidindo com a linha imaginária horizontal inferior e o corvo coincidindo com a linha imaginária vertical esquerda. Podemos verificar o resultado na foto 5.

e o corvo com a linha vertical esquerda.
Como resultado temos uma foto muito mais bem resolvida comparando-se com as fotos 3 e 4. O corvo tem um destaque no primeiro plano, a linha do muro está numa posição mais agradável e o segundo plano também nos chama a atenção, ajudando a compor a foto.
É claro que o resultado sempre é subjetivo e o que pode ser mais agradável para uns pode não ser para outros. No exemplo dado algumas pessoas irão preferir a foto 3, outras a foto 4 ou mesmo a 5 e também algumas pessoas irão preferir a foto original, com o corvo centralizado. No meu ponto de vista a foto 5 é a mais bem resolvida. Se formos analisar friamente todas as fotos estão corretas e o que irá pesar mais será o que queremos passar com a fotografia.
Como toda regra na fotografia, a regra dos terços não é uma regra rígida que deve ser seguida a risca porém ela é uma excelente ferramenta para nos ajudar a criar fotos mais agradáveis ao nosso olhar.
Um excelente final de semana para todos!
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
Afinal, Scrap o que?
Olá iniciantes! Nosso assunto hoje é sketch! No nosso último artigo expliquei quais são os itens básicos de uma página, mas como começar? Você está sem idéias? Eu sugiro que você utilize um sketch.
Sketch é um esboço da página que você pode fazer ou também pode pegar na internet. Esse esboço apenas sugere onde colocar o título, a foto, o journaling e os demais elementos. As técnicas, as cores, o estilo é você quem define.Eu sempre recorro a sketch quando estou sem idéias. Inúmeras páginas podem ser feitas com apenas um sketch.
Veja esse sketch do blog Got Sketch

Muitas vezes você começa uma página seguindo um sketch, e quando você percebe ficou totalmente diferente, porque você vai tendo outras idéias no meio do caminho, mas o sketch de uma certa forma serviu de inspiração.
Algumas sugestões de sites com sketches
- Pencil Lines - http://www.pencillines.com/
- Got Sketch - http://gotsketch.blogspot.com/
- Scrapbooks etc - http://www.scrapbooksetc.com/printables/sketches/
São algumas dicas, mas, se fizer uma procura na internet, vai encontrar mais sites e blogs inspiradores!
Ensinando:
Como eu já tinha dito... (ou escrito... rsrs) fiz um vídeo ensinando a colocar ilhós, foi meu primeiro vídeo, espero que os próximos fiquem melhores, depois que eu fiz o vídeo eu vi que faltou uma informação.
Então veja o vídeo aqui:
Agora as informações que eu esqueci de falar:
* sobre a crop-a-dile - na ponta tem os fixadores de ilhós cada letra com seu número
- A1 - ilhós grande
- B2 - ilhós médio
- C3 - ilhós pequeno
- D4 - ilhós em formatos quadrados de superfície reta.
* sobre o kit da TEC, o furador tem três ponteiras para furar nos três tamanhos.
Bom, acho que por hoje é isso, espero que vocês gostem!
Sketch é um esboço da página que você pode fazer ou também pode pegar na internet. Esse esboço apenas sugere onde colocar o título, a foto, o journaling e os demais elementos. As técnicas, as cores, o estilo é você quem define.Eu sempre recorro a sketch quando estou sem idéias. Inúmeras páginas podem ser feitas com apenas um sketch.
Veja esse sketch do blog Got Sketch
Eu fiz essa página, não ficou exatamente igual, mas eu segui a quantidade de fotos, de papel, o local do título e do journaling.
Muitas vezes você começa uma página seguindo um sketch, e quando você percebe ficou totalmente diferente, porque você vai tendo outras idéias no meio do caminho, mas o sketch de uma certa forma serviu de inspiração.
Algumas sugestões de sites com sketches
- Pencil Lines - http://www.pencillines.com/
- Got Sketch - http://gotsketch.blogspot.com/
- Scrapbooks etc - http://www.scrapbooksetc.com/printables/sketches/
São algumas dicas, mas, se fizer uma procura na internet, vai encontrar mais sites e blogs inspiradores!
Ensinando:
Como eu já tinha dito... (ou escrito... rsrs) fiz um vídeo ensinando a colocar ilhós, foi meu primeiro vídeo, espero que os próximos fiquem melhores, depois que eu fiz o vídeo eu vi que faltou uma informação.
Então veja o vídeo aqui:
Agora as informações que eu esqueci de falar:
* sobre a crop-a-dile - na ponta tem os fixadores de ilhós cada letra com seu número
- A1 - ilhós grande
- B2 - ilhós médio
- C3 - ilhós pequeno
- D4 - ilhós em formatos quadrados de superfície reta.
* sobre o kit da TEC, o furador tem três ponteiras para furar nos três tamanhos.
Bom, acho que por hoje é isso, espero que vocês gostem!
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Afinal, Scrap o quê?
Olá iniciantes, vamos continuar a nossa série de artigos voltados àquelas que querem aprender sobre scrapbooking. Mas antes, vamos ao resultado do desafio para as iniciantes, recebemos as páginas da Flávia Santos.
Vejam que lindas as páginas que a Flávia fez:
Vou tentar montar meu álbum de casamento, escolhi uma sequência de paginas que fiz para enviar para vocês.
Flávia fiquei super feliz de você ter topado o desafio, mande-nos o seu endereço pelo e-mail scrapcuritiba@bol.com.br que ainda essa semana eu estarei mandando seu prêmio!
Agora vamos ao nosso artigo
LAYOUT
Layout é como chamamos a página pronta, todos os seus elementos. Muitos chamam de página, outros de Layout e outros de LO (abreviatura de Layout), qualquer uma dessas formas está corrreta. Existem alguns elementos que fazem parte do Layout, vou explicar alguns elementos:
1. Enfeites
Você pode usar variados enfeites para decorar sua página. Esses enfeites são o suporte para o tema que você escolheu para a sua página, podem ajudar a dar dimensão ou textura.
2. Borda
É uma faixa decorativa ao longo da página. Bordas podem ser criadas nos mais diferentes estilos e com diversos materiais, a borda não é um item obrigatório.
3. Journaling
É a história da foto, já falamos sobre ele no último artigo.
4. Mat
É o "tapete" da foto, tem por função destacar a foto, também pode dar dimensão à foto ou simplesmente ajudar como um item decorativo da página.
5. Título
É o resumo do journaling, ou o complemento da foto. Pode ser também a sugestão do tema que você escolheu para a sua página. O título pode ser colocado em qualquer lugar do layout, desde que seja um atrativo para os olhos, o primeiro lugar depois da foto principal para onde seus olhos correm no layout. o Título pode ser escrito à mão, impresso, carimbado, com alfabetos adesivados...
Vejam essa página:
1. utilizei como enfeite essa plaquinha sugerindo uma lembrança ao filme Parque dos Dinossauros.
2. utilizei uma borda num papel florido com acabamento rasgado e colei uma borda pronta.
3. fiz o journaling com ficha pautada, cortei e dei acabamento com carimbeira marrom.
4. não fiz o mat, e para dar destaque à foto eu coloquei essa borda de chipboard.
5. utilizei a mesma fonte do filme, peguei na internet e imprimi.
Bom nosso artigo termina aqui, estou preparando uns vídeos e uns paps... FIQUE DE OLHO!
Deixe seu comentário, mande-nos suas dúvidas!
Vejam que lindas as páginas que a Flávia fez:

Flávia fiquei super feliz de você ter topado o desafio, mande-nos o seu endereço pelo e-mail scrapcuritiba@bol.com.br que ainda essa semana eu estarei mandando seu prêmio!
Agora vamos ao nosso artigo
LAYOUT
Layout é como chamamos a página pronta, todos os seus elementos. Muitos chamam de página, outros de Layout e outros de LO (abreviatura de Layout), qualquer uma dessas formas está corrreta. Existem alguns elementos que fazem parte do Layout, vou explicar alguns elementos:
1. Enfeites
Você pode usar variados enfeites para decorar sua página. Esses enfeites são o suporte para o tema que você escolheu para a sua página, podem ajudar a dar dimensão ou textura.
2. Borda
É uma faixa decorativa ao longo da página. Bordas podem ser criadas nos mais diferentes estilos e com diversos materiais, a borda não é um item obrigatório.
3. Journaling
É a história da foto, já falamos sobre ele no último artigo.
4. Mat
É o "tapete" da foto, tem por função destacar a foto, também pode dar dimensão à foto ou simplesmente ajudar como um item decorativo da página.
5. Título
É o resumo do journaling, ou o complemento da foto. Pode ser também a sugestão do tema que você escolheu para a sua página. O título pode ser colocado em qualquer lugar do layout, desde que seja um atrativo para os olhos, o primeiro lugar depois da foto principal para onde seus olhos correm no layout. o Título pode ser escrito à mão, impresso, carimbado, com alfabetos adesivados...
Vejam essa página:

1. utilizei como enfeite essa plaquinha sugerindo uma lembrança ao filme Parque dos Dinossauros.
2. utilizei uma borda num papel florido com acabamento rasgado e colei uma borda pronta.
3. fiz o journaling com ficha pautada, cortei e dei acabamento com carimbeira marrom.
4. não fiz o mat, e para dar destaque à foto eu coloquei essa borda de chipboard.
5. utilizei a mesma fonte do filme, peguei na internet e imprimi.
Bom nosso artigo termina aqui, estou preparando uns vídeos e uns paps... FIQUE DE OLHO!
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segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Afinal, Scrap o quê?
Olá Iniciantes! Vamos conhecer um pouco mais sobre scrapbooking? Nossa intenção com esses artigos mensais é esclarecer, ajudar e incentivar os iniciantes a fazer scrap sem medo, a se jogar nesse mundo sem volta do scrap... rsrs Digo sem volta porque, depois que você se apaixonar não vai mais conseguir parar!
Então já compraram seus primeiros materiais? Conseguiram fazer uma página? Vou mostrar agora a minha primeira página, que fiz utilizando apenas os materiais básicos. Uma página de iniciante, sem conhecimento de técnicas, a única coisa que eu sabia era sobre a questão da acidez dos materiais.
Utilizei cardstock, fitas de cetim, botões, sianinha, papel vegetal, caneta gel da Uni-ball, tecido e ilhós (esse último eu não mencionei na lista de materiais do último artigo).
Agora vamos ver quais são os itens importantes ou que fazem parte de uma página de Scrap:
A FOTO
O primeiro e o principal e que sem ele não haveria a página é a foto! Hoje com as máquinas digitais nós tiramos várias fotos de um mesmo evento, o ideal é escolher e selecionar as melhores, você pode colocar quantas fotos quiser na sua página, vai depender da história que você quer contar com essa página. Você poder escolher uma sequência de fotos para contar, por exemplo, que seu filho aprendeu a andar de bicicleta. Você pode fazer também páginas duplas, ou seja, páginas que formam uma sequência, tem a mesma aparência e os papéis escolhidos dão continuidade na história que você quer contar.
Veja essa página da Luciana, ela utilizou 6 fotos para contar a experiência da Renata na tirolesa.
E nessa página a Letícia usou uma foto, que expressa o sentimento que ela quer passar através da poesia.
Nessas páginas a Mayalu fez uma sequência de fotos sobre o seu casamento em duas páginas.
A HISTÓRIA
Depois que você escolheu a foto, tem o journaling. Mas o que é isso? Journaling é o texto, é a história propriamente dita, é o que a foto não conta. Não existe um tamanho adequado ou específico para o journaling. Pode ser um história sobre aquela foto, pode ser um texto, pode ser a data, enfim, o que você achar importante contar sobre a foto. Se você ficar em dúvida sobre o que escrever, olhe para a foto e conte para alguém, o que você falaria?
Nessa página da Pati Dias o journaling é o principal.
Nessa página da Fabi o journaling explica o título da página.
Nessa página da Cacau o journaling está escrito em tags, que são pequenos enfeites em forma de etiqueta.
Agora que você já sabe o que precisa para fazer uma página e quais os partes importantes da página de scrap, que tal começar? Temos páginas lindas inspiradoras das meninas.
MAIS MATERIAIS E FERRAMENTAS
Agora vou falar sobre mais materiais e ferramentas, e aos poucos você vai aprender a usar:
*Canetas: assim como os papéis existem canetas que não apropriadas para utilização em scrap. As canetas que indico são: Tombow, Versamark, Uni-ball Signo (gel), Bismark, Zig Millenium, Marvy Uchida, Pigma Micron, Sakura, Canetas de tinta nanquim.

*Glue dots: São pequenos adesivos, ideais para colar flores, botões e outros enfeites nas suas páginas.
*Cola em bastão: nem todas as marcas são livres de ácido.
*Tinta acrílica: pode usar sem medo.
Tinta em spray: essa tinta é super fácil de aplicar e agora tem uma marca nacional fabricando, foi lançada na feira da Scrap no mês passado.
Chalk: é um giz macio que vem em forminhas parecido com sombra, pode ser utilizado também o giz pastel seco. Ele tem um efeito de sombra, fica lindo.
Furadores: para criar suas tags e enfeites nas páginas.
Ilhós: peças circulares utilizadas como enfeites ou para fixação.
Kit de furadores e vazadores: ferramenta para furar e prender ilhós.


Bailarinas: ou Brads, são usados para fixar papéis, como miolo de flores ou enfeites nas páginas. Existem bailarinas de diversos formatos, tamanhos e cores.
RESPONDENDO PERGUNTAS
1. Posso utilizar papel de seda na página? Papel de seda é super ácido, existem marcas acid-free, mas provavelmente você só encontra em lojas de materiais artísticos.
2. Cola cascorez utilizada longe da foto pode prejudicar minha foto? A acidez migra, pode ser que demore um pouco, mas com o passar dos anos a sua foto pode amarelar.
Mas lembrem, se você quiser usar sinta-se a vontade, mas tenha consciência use uma cópia da sua foto, guarde essa página em um plástico e separada de outras páginas. Continuem mandando suas dúvidas.
FIQUE DE OLHO
Acompanhe nosso artigo para iniciantes, vamos ensinar a utilizar algumas ferramentas, também estamos com todas as dúvidas anotadinhas, vamos responder todas as questões conforme o tema do artigo.
DESAFIO
Apenas para as iniciantes, ok? Faça a sua primeira página e nos mande uma foto através do e-mail scrapcuritiba@bol.com.br, vamos fazer um sorteio entre os participantes.
Nesse kit tem três páginas "Diane's Daughters", fita azul xadrez, renda, borda de papel rendado, 5 flores, 10 botões e várias cores de passamanaria.
Prazo até o próximo artigo no final de Dezembro! (28/12)
Agradecemos a sua visita e os comentários! Sua opinião é muito importante!
E um agradecimento especial às meninas que cederam fotos de suas páginas para contribuir com esse artigo.
Então já compraram seus primeiros materiais? Conseguiram fazer uma página? Vou mostrar agora a minha primeira página, que fiz utilizando apenas os materiais básicos. Uma página de iniciante, sem conhecimento de técnicas, a única coisa que eu sabia era sobre a questão da acidez dos materiais.
Agora vamos ver quais são os itens importantes ou que fazem parte de uma página de Scrap:
A FOTO
O primeiro e o principal e que sem ele não haveria a página é a foto! Hoje com as máquinas digitais nós tiramos várias fotos de um mesmo evento, o ideal é escolher e selecionar as melhores, você pode colocar quantas fotos quiser na sua página, vai depender da história que você quer contar com essa página. Você poder escolher uma sequência de fotos para contar, por exemplo, que seu filho aprendeu a andar de bicicleta. Você pode fazer também páginas duplas, ou seja, páginas que formam uma sequência, tem a mesma aparência e os papéis escolhidos dão continuidade na história que você quer contar.
Veja essa página da Luciana, ela utilizou 6 fotos para contar a experiência da Renata na tirolesa.

E nessa página a Letícia usou uma foto, que expressa o sentimento que ela quer passar através da poesia.

Nessas páginas a Mayalu fez uma sequência de fotos sobre o seu casamento em duas páginas.

A HISTÓRIA
Depois que você escolheu a foto, tem o journaling. Mas o que é isso? Journaling é o texto, é a história propriamente dita, é o que a foto não conta. Não existe um tamanho adequado ou específico para o journaling. Pode ser um história sobre aquela foto, pode ser um texto, pode ser a data, enfim, o que você achar importante contar sobre a foto. Se você ficar em dúvida sobre o que escrever, olhe para a foto e conte para alguém, o que você falaria?
Nessa página da Pati Dias o journaling é o principal.

Nessa página da Fabi o journaling explica o título da página.
Nessa página da Cacau o journaling está escrito em tags, que são pequenos enfeites em forma de etiqueta.

Agora que você já sabe o que precisa para fazer uma página e quais os partes importantes da página de scrap, que tal começar? Temos páginas lindas inspiradoras das meninas.
MAIS MATERIAIS E FERRAMENTAS
Agora vou falar sobre mais materiais e ferramentas, e aos poucos você vai aprender a usar:
*Canetas: assim como os papéis existem canetas que não apropriadas para utilização em scrap. As canetas que indico são: Tombow, Versamark, Uni-ball Signo (gel), Bismark, Zig Millenium, Marvy Uchida, Pigma Micron, Sakura, Canetas de tinta nanquim.


*Glue dots: São pequenos adesivos, ideais para colar flores, botões e outros enfeites nas suas páginas.

*Cola em bastão: nem todas as marcas são livres de ácido.

*Tinta acrílica: pode usar sem medo.

Tinta em spray: essa tinta é super fácil de aplicar e agora tem uma marca nacional fabricando, foi lançada na feira da Scrap no mês passado.

Chalk: é um giz macio que vem em forminhas parecido com sombra, pode ser utilizado também o giz pastel seco. Ele tem um efeito de sombra, fica lindo.
Furadores: para criar suas tags e enfeites nas páginas.

Ilhós: peças circulares utilizadas como enfeites ou para fixação.

Kit de furadores e vazadores: ferramenta para furar e prender ilhós.




Crop-a-dile: outra ferramenta para furar e prender ilhós.
Bailarinas: ou Brads, são usados para fixar papéis, como miolo de flores ou enfeites nas páginas. Existem bailarinas de diversos formatos, tamanhos e cores.

RESPONDENDO PERGUNTAS
1. Posso utilizar papel de seda na página? Papel de seda é super ácido, existem marcas acid-free, mas provavelmente você só encontra em lojas de materiais artísticos.
2. Cola cascorez utilizada longe da foto pode prejudicar minha foto? A acidez migra, pode ser que demore um pouco, mas com o passar dos anos a sua foto pode amarelar.
Mas lembrem, se você quiser usar sinta-se a vontade, mas tenha consciência use uma cópia da sua foto, guarde essa página em um plástico e separada de outras páginas. Continuem mandando suas dúvidas.
FIQUE DE OLHO
Acompanhe nosso artigo para iniciantes, vamos ensinar a utilizar algumas ferramentas, também estamos com todas as dúvidas anotadinhas, vamos responder todas as questões conforme o tema do artigo.
DESAFIO
Apenas para as iniciantes, ok? Faça a sua primeira página e nos mande uma foto através do e-mail scrapcuritiba@bol.com.br, vamos fazer um sorteio entre os participantes.
Prazo até o próximo artigo no final de Dezembro! (28/12)
Agradecemos a sua visita e os comentários! Sua opinião é muito importante!
E um agradecimento especial às meninas que cederam fotos de suas páginas para contribuir com esse artigo.
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quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Artigo sobre fotografia - White Balance
Voltamos com mais um artigo sobre fotografia.
Desta vez Gerhard Waller nos traz um excelente artigo sobre White Balance.
Entendendo o balanço de branco - White Balance (WB)
A percepção das cores de um objeto muda de acordo com o tipo luz que o ilumina. Isso é fácil de se perceber quando estamos dirigindo a noite nas ruas iluminadas com lâmpadas de mercúrio (aquelas que tem um tom branco azulado) e mudamos para uma outra rua com lâmpadas de sódio (cor amarelada). Nosso cérebro se adapta (até certo ponto) às diferentes cores de luz mas quando há uma mudança brusca percebemos com mais facilidade essa diferença da cor da luz.
Na fotografia colorida essa mudança de tipo de luz e ainda mais perceptível gerando muitas vezes efeitos bastante desagradáveis. Ao fotografarmos uma superfície branca iluminada com uma fonte de luz azulada essa superfície aparecerá azulada, se a fonte for alaranjada, a superfície aparecerá alaranjada, e assim sucessivamente dependendo da cor da luz, porém muitas vezes é do nosso interesse que uma superfície branca apareça nas fotos sempre branca independente da fonte de luz. Para que isso seja possível existe nas câmeras digitais um ajuste do tipo de luz que está iluminando a cena, o balanço de branco ou white balance (WB), em inglês.
Para entendermos melhor como funciona o balanço de branco precisamos entender a escala da temperatura luz.
Imaginemos um pedaço de ferro sendo aquecido gradativamente. No começo não percebemos nenhuma mudança na sua cor porém na medida que ele vai ficando mais quente ele começa a ficar avermelhado, e nesse ponto começa a emitir luz. Se continuarmos o seu aquecimento ele passa a ser laranja, amarelo, esverdeado e azul. Se associarmos cada temperatura do ferro aquecido com a cor da luz que ele emite teremos o que chamamos de temperatura da luz e essa temperatura é a que será usada como referência na câmera para fazermos o ajuste do balanço de branco. Essa temperatura é dada em Kelvin ou temperatura absoluta (0K = -273oC), conforme a figura 1.
Figura 1: Escala de cores em Kelvin. Fonte: www.fazendovideo.com.br
Prestando atenção na escala da figura 1 você deve estar se perguntando por que a temperatura do vermelho é a mais baixa e a do azul é a mais alta pois você aprendeu que o azul é uma cor fria e o vermelho é uma cor quente? Isso de fato pode gerar confusão pois são dois conceitos diferentes: um artístico e um físico. Em arte o vermelho é uma cor quente por nos lembrar coisas quentes como o fogo e o azul ao contrário nos lembra coisas frias como o amanhecer na neve.
Cada tipo de luz diferente terá uma temperatura diferente, desde temperaturas mais altas como as lâmpadas fluorescentes até as mais baixas como lâmpadas incandescentes, a lâmpada de filamento mais tradicional, conforme a tabela 1:

Foto 2 - Motivo na sombra com o balanço de branco ajustado para sombra
Podemos observar que os tons da foto 1 tende para o azul enquanto a foto 2 apresenta tons mais reais.
O que fazer quando as coisas dão errado
Haverá situações onde no fim do dia vamos ver as fotos que tiramos e após baixarmos as mesmas para o computador percebemos que muitas das fotos que tiramos estão com o balanço de branco errado ou por erro da câmera ou por nosso erro ao configurarmos ela de forma errada. Apesar da grande frustação que isso causa é possivel corrigir esse problema de forma satísfatória. Programas de edição de fotos como Photoshop e Lightroom, ambos da Adobe, Photo Paint da Corel ou mesmo o GIMP (Gnu Image Manipulation Program) têm recursos de correção de cores que conseguem corrigir esse problema. Entre os programas de edição de fotos o Lightroom é um dos que faz essa correção de forma mais simples e rápida, e o destaque do GIMP é o fato dele ser gratuito (www.gimp.org).
Caso você não tenha paciência, tempo e nem conhecimento para fazer esse tipo de correção, na maioria das lojas que fazem a impressão das fotos digitais o computador que gerencia as impressões pode fazer essa correçao automaticamente porém por ser um processo automatizado e fora do nosso controle nem sempre o resultado é do jeito que esperamos.
Uma forma de evitar esse tipo de problema é escolhermos o formato de arquivo RAW (quando disponível na câmera) pois podemos mudar o balanço de branco da forma que quisermos após a fotografia ser tirada. O formato de arquivo RAW será melhor esplorado em um futuro artigo.
Usando o “erro” do balanço de branco ao nosso favor
Apesar do ideal ser o balanço de branco estar configurado de acordo com a fonte de luz muitas vezes podemos ajustá-lo de forma diferente para conseguirmos efeitos interessantes nas nossas fotografias como esquentar ou esfriar os tons de uma cena, mudar o tom de cores ou mesmo mudarmos a cor de pontos de luz.
Como exemplo dessa mudança podemos observar as fotos 3 à 9. Na foto 3 a foto foi tirada usando-se o balanço de branco automático da câmera. Na foto 4 os tons estão um pouco mais quentes devido ao ajuste em luz do sol. Conseguimos esquentar ainda mais os tons ao ajustar o balanço de branco para dia nublado e mais ainda para sombra, como verificamos nas fotos 5 e 6, consecutivamente. Na foto 7 os tons estão bem frios pois a câmera foi ajustada para lâmpada incandescente e como esse tipo de lâmpada emite uma luz mais amarelada a câmera “entende” que precisa esfriar mais as cores para compensar essa tonalidade amarela deixando a foto com cores mais naturais, ou seja, o céu mais azul e o sol mais branco. Apesar de teoricamente esse balanço de branco ser mais “correto” isso fez com que se acabasse o clima de pôr do sol. Na foto 8 o ajuste é para lâmpada fluorescente, note o tom mais violeta do céu. Esse efeito é particularmente interessante quando se tem muitas nuvens ao redor do sol no momento do pôr do sol ou quando o sol já se pôs. Na foto 9 o ajuste é para flash, note-se que os tons são os mesmo da foto 4 que é para luz do sol.
Foto 3 - Balanço de branco ajustado no automático
Foto 4 - Balanço de branco ajustado para luz do sol
Foto 5 - Balanço de branco ajustado para dia nublado
Foto 6 - Balanço de branco ajustado para sombra
Foto 7 - Balanço de branco ajustado para lâmpada incandescente
Foto 8 - Balanço de branco ajustado para lâmpada fluorescente
Desta vez Gerhard Waller nos traz um excelente artigo sobre White Balance.

Gerhard Waller é veterinário por formação,
engenheiro mecânico por profissão
e fotógrafo por paixão.
http://www.flickr.com/photos/gwaller/
engenheiro mecânico por profissão
e fotógrafo por paixão.
http://www.flickr.com/photos/gwaller/
Entendendo o balanço de branco - White Balance (WB)
A percepção das cores de um objeto muda de acordo com o tipo luz que o ilumina. Isso é fácil de se perceber quando estamos dirigindo a noite nas ruas iluminadas com lâmpadas de mercúrio (aquelas que tem um tom branco azulado) e mudamos para uma outra rua com lâmpadas de sódio (cor amarelada). Nosso cérebro se adapta (até certo ponto) às diferentes cores de luz mas quando há uma mudança brusca percebemos com mais facilidade essa diferença da cor da luz.
Na fotografia colorida essa mudança de tipo de luz e ainda mais perceptível gerando muitas vezes efeitos bastante desagradáveis. Ao fotografarmos uma superfície branca iluminada com uma fonte de luz azulada essa superfície aparecerá azulada, se a fonte for alaranjada, a superfície aparecerá alaranjada, e assim sucessivamente dependendo da cor da luz, porém muitas vezes é do nosso interesse que uma superfície branca apareça nas fotos sempre branca independente da fonte de luz. Para que isso seja possível existe nas câmeras digitais um ajuste do tipo de luz que está iluminando a cena, o balanço de branco ou white balance (WB), em inglês.
Para entendermos melhor como funciona o balanço de branco precisamos entender a escala da temperatura luz.
Imaginemos um pedaço de ferro sendo aquecido gradativamente. No começo não percebemos nenhuma mudança na sua cor porém na medida que ele vai ficando mais quente ele começa a ficar avermelhado, e nesse ponto começa a emitir luz. Se continuarmos o seu aquecimento ele passa a ser laranja, amarelo, esverdeado e azul. Se associarmos cada temperatura do ferro aquecido com a cor da luz que ele emite teremos o que chamamos de temperatura da luz e essa temperatura é a que será usada como referência na câmera para fazermos o ajuste do balanço de branco. Essa temperatura é dada em Kelvin ou temperatura absoluta (0K = -273oC), conforme a figura 1.

Prestando atenção na escala da figura 1 você deve estar se perguntando por que a temperatura do vermelho é a mais baixa e a do azul é a mais alta pois você aprendeu que o azul é uma cor fria e o vermelho é uma cor quente? Isso de fato pode gerar confusão pois são dois conceitos diferentes: um artístico e um físico. Em arte o vermelho é uma cor quente por nos lembrar coisas quentes como o fogo e o azul ao contrário nos lembra coisas frias como o amanhecer na neve.
Cada tipo de luz diferente terá uma temperatura diferente, desde temperaturas mais altas como as lâmpadas fluorescentes até as mais baixas como lâmpadas incandescentes, a lâmpada de filamento mais tradicional, conforme a tabela 1:

Tabela 1: Temperatura de diversos tipos de luz. Fonte: www.fazendovideo.com.br
Obviamente não precisamos decorar essa ou outras tabelas com as diferentes temperaturas da luz mas é importante termos sempre em mente que luzes avermelhadas terão uma temperatura mais baixa e as azuladas mais alta.
A temperatura da luz na prática: ajustando o balanço de branco.
Quando fotografamos usando filme precisamos saber o tipo de luz que iremos fotografar e baseado nisso escolhermos o tipo de filme a ser usado. Existe basicamente dois tipos de filmes, um para luz do dia e outro para lâmpada incandescente, os demais tipos de luz serão corrigidos a partir de filtros inseridos na parte frontal da lente da câmera.
Na fotografia digital o ajuste ficou mais flexivel e de acordo com o tipo de luz que iremos usar a câmera pode ser rapidamente ajustada, sem a necessidade de se usar filtros fotográficos. As câmeras fazem esse ajustes automaticamente porém em muitas câmeras esse ajuste também pode ser feito de forma manual, ou seja, você define o tipo de luz para qual a câmera será configurada. Isso parece um contracenso pois se a câmera pode fazer esse ajuste automaticamente por que perder tempo ajustando de forma manual? Porque por mais preciso que seja esse sistema não existe nenhuma câmera em que o balanço de branco automático funcione com total precisão, mesmo as profissionais top de linha, aliás, esse é o calcanhar de Aquiles de muitos modelos profissionais e semiprofissionais. Outra razão para usarmos o ajuste manual é que podemos escolher o tipo de luz para criarmos um clima diferente na foto ou mesmo para acentuar determinadas tonalidades de cor. Esse ajuste manual pode ser acessado através do menu de ajustes da câmera ou mesmo através de uma tecla de atalha no corpo da câmera para facilitar e agilizar esse ajuste.
Em geral temos as seguintes opções no menu de ajuste manual da câmera: Automático (Auto), Luz do sol (Daylight), Nublado (Cloudy), Incandescente (Tungsten), Fluorescente (Fluorescen), podendo ter também em modelos mais avançados Sombra (Shade), Flash e predefinido. Lembro que cada câmera terá sua própria configuração, consulte o manual da mesma para saber as opções disponiveis e como efetuar seus ajustes.
Analisaremos a seguir cada ítem:
Luz do sol (Daylight, Sunlight, Sunny)
Essa é a opção para dias de sol para fotos externas onde a luz do sol é a principal fonte de luz. Essa opção também pode ser usada nas câmeras aonde não existe a opção Flash.
Nublado (Cloudy)
Use essa opção para dias nublados ou para sombras, quando a câmera não tiver essa opção. Essa opção pode ser também usada quando desejarmos tons mais quentes sob a luz do sol.
Incandescente (Tungsten)
Essa é a opção de escolha quando nossa principal fonte de luz é a lâmpada incandescente ou lâmpada doméstica comum.
Fluorescente (Fluorescent)
Use essa opção quando a fonte de luz é a lâmpada fluerescente, tanto as de tubo quanto as lâmpadas econômicas usadas no lugar das incandescentes. Algumas câmeras também oferecem a opção de escolha do tipo de lâmpada fluorescente: luz do dia, branca fria, etc.
Sombra (Shade)
Use essa opção quando você o tema fotografado encontra-se na sombra ao ar livre. Pode ser usado em substituição ao modo nublado (Cloudy).
Flash
Essa opção é selecionada quando usamos o flash. Na ausência dessa opção pode-se usar a opção luz do sol (dayight).
Customizado (Custom)
Nessa opção é possivel selecionar a temperatuda da cor em Kelvin. É opção é particularmente util quando conhecemos a temperatuda da fonte de luz e ao fazermos esse ajuste conseguimos configurar com precisão a câmera. Geralmente usamos essa opção em estúdio ou mesmo quando usamos uma tabela de temperatura de luz, como a tabela 1.
Preset
Essa opção é que as pessoas chamam de “bater o branco”. Existem situações onde nenhuma das configurações apresenta um resultado satisfatório e não temos idéia da temperatura da luz e nem temos tempo (ou paciência) de ficarmos testando várias temperaturas no modo customizado. Nessas situações podemos lançar mão de um recurso disponivel em câmeras mais avançadas, o chamado “bater o branco”, onde usamos uma superfície plana branca pura e informamos a câmera que esse será a referência de branco e com isso a câmera ajusta automaticamente a temperatura da luz. Em fotos cotidianas (não profissionais) e num momento onde não temos muitos recursos podemos usar uma folha de papel branco como referência ou mesmo alguém com uma camiseta branca, o resultado não será perfeito mas com certeza será melhor que qualquer adivinhação.
Automático (Auto)
Essa é a configuração padrão de fábrica das câmeras. Nessa configuração a câmera mede a temperatura luz e define automaticamente o tipo de configuração do balanço de branco. Na maioria das vezes, nas boas câmeras, esse ajuste é efetuado de forma satisfatória mas em algumas situações o resultado é bem frustrante. Na minha opinião aonde a câmera mais se perde nesse ajuste automático é quando fotografamos um assunto na sombra e em algumas situações em dias nublados. A câmera se autoajusta para luz do sol (Daylight) quando deveria ser para sombra (Shade) ou mesmo nublado (Cloudy) e o resultado são tons errados de cor, principalmente o verde de vegetação, marrom da terra e tons de pele. Observe nas fotos 1 e 2 essa diferença. Na foto 1 a foto foi tirada no modo automático (Auto) e na foto 2 no modo sombra (Shade). Na foto 1 a câmera se autoajustou para o modo luz do sol (Daylight) causando uma tonalidade errada.
A temperatura da luz na prática: ajustando o balanço de branco.
Quando fotografamos usando filme precisamos saber o tipo de luz que iremos fotografar e baseado nisso escolhermos o tipo de filme a ser usado. Existe basicamente dois tipos de filmes, um para luz do dia e outro para lâmpada incandescente, os demais tipos de luz serão corrigidos a partir de filtros inseridos na parte frontal da lente da câmera.
Na fotografia digital o ajuste ficou mais flexivel e de acordo com o tipo de luz que iremos usar a câmera pode ser rapidamente ajustada, sem a necessidade de se usar filtros fotográficos. As câmeras fazem esse ajustes automaticamente porém em muitas câmeras esse ajuste também pode ser feito de forma manual, ou seja, você define o tipo de luz para qual a câmera será configurada. Isso parece um contracenso pois se a câmera pode fazer esse ajuste automaticamente por que perder tempo ajustando de forma manual? Porque por mais preciso que seja esse sistema não existe nenhuma câmera em que o balanço de branco automático funcione com total precisão, mesmo as profissionais top de linha, aliás, esse é o calcanhar de Aquiles de muitos modelos profissionais e semiprofissionais. Outra razão para usarmos o ajuste manual é que podemos escolher o tipo de luz para criarmos um clima diferente na foto ou mesmo para acentuar determinadas tonalidades de cor. Esse ajuste manual pode ser acessado através do menu de ajustes da câmera ou mesmo através de uma tecla de atalha no corpo da câmera para facilitar e agilizar esse ajuste.
Em geral temos as seguintes opções no menu de ajuste manual da câmera: Automático (Auto), Luz do sol (Daylight), Nublado (Cloudy), Incandescente (Tungsten), Fluorescente (Fluorescen), podendo ter também em modelos mais avançados Sombra (Shade), Flash e predefinido. Lembro que cada câmera terá sua própria configuração, consulte o manual da mesma para saber as opções disponiveis e como efetuar seus ajustes.
Analisaremos a seguir cada ítem:
Luz do sol (Daylight, Sunlight, Sunny)
Essa é a opção para dias de sol para fotos externas onde a luz do sol é a principal fonte de luz. Essa opção também pode ser usada nas câmeras aonde não existe a opção Flash.
Nublado (Cloudy)
Use essa opção para dias nublados ou para sombras, quando a câmera não tiver essa opção. Essa opção pode ser também usada quando desejarmos tons mais quentes sob a luz do sol.
Incandescente (Tungsten)
Essa é a opção de escolha quando nossa principal fonte de luz é a lâmpada incandescente ou lâmpada doméstica comum.
Fluorescente (Fluorescent)
Use essa opção quando a fonte de luz é a lâmpada fluerescente, tanto as de tubo quanto as lâmpadas econômicas usadas no lugar das incandescentes. Algumas câmeras também oferecem a opção de escolha do tipo de lâmpada fluorescente: luz do dia, branca fria, etc.
Sombra (Shade)
Use essa opção quando você o tema fotografado encontra-se na sombra ao ar livre. Pode ser usado em substituição ao modo nublado (Cloudy).
Flash
Essa opção é selecionada quando usamos o flash. Na ausência dessa opção pode-se usar a opção luz do sol (dayight).
Customizado (Custom)
Nessa opção é possivel selecionar a temperatuda da cor em Kelvin. É opção é particularmente util quando conhecemos a temperatuda da fonte de luz e ao fazermos esse ajuste conseguimos configurar com precisão a câmera. Geralmente usamos essa opção em estúdio ou mesmo quando usamos uma tabela de temperatura de luz, como a tabela 1.
Preset
Essa opção é que as pessoas chamam de “bater o branco”. Existem situações onde nenhuma das configurações apresenta um resultado satisfatório e não temos idéia da temperatura da luz e nem temos tempo (ou paciência) de ficarmos testando várias temperaturas no modo customizado. Nessas situações podemos lançar mão de um recurso disponivel em câmeras mais avançadas, o chamado “bater o branco”, onde usamos uma superfície plana branca pura e informamos a câmera que esse será a referência de branco e com isso a câmera ajusta automaticamente a temperatura da luz. Em fotos cotidianas (não profissionais) e num momento onde não temos muitos recursos podemos usar uma folha de papel branco como referência ou mesmo alguém com uma camiseta branca, o resultado não será perfeito mas com certeza será melhor que qualquer adivinhação.
Automático (Auto)
Essa é a configuração padrão de fábrica das câmeras. Nessa configuração a câmera mede a temperatura luz e define automaticamente o tipo de configuração do balanço de branco. Na maioria das vezes, nas boas câmeras, esse ajuste é efetuado de forma satisfatória mas em algumas situações o resultado é bem frustrante. Na minha opinião aonde a câmera mais se perde nesse ajuste automático é quando fotografamos um assunto na sombra e em algumas situações em dias nublados. A câmera se autoajusta para luz do sol (Daylight) quando deveria ser para sombra (Shade) ou mesmo nublado (Cloudy) e o resultado são tons errados de cor, principalmente o verde de vegetação, marrom da terra e tons de pele. Observe nas fotos 1 e 2 essa diferença. Na foto 1 a foto foi tirada no modo automático (Auto) e na foto 2 no modo sombra (Shade). Na foto 1 a câmera se autoajustou para o modo luz do sol (Daylight) causando uma tonalidade errada.

Podemos observar que os tons da foto 1 tende para o azul enquanto a foto 2 apresenta tons mais reais.
O que fazer quando as coisas dão errado
Haverá situações onde no fim do dia vamos ver as fotos que tiramos e após baixarmos as mesmas para o computador percebemos que muitas das fotos que tiramos estão com o balanço de branco errado ou por erro da câmera ou por nosso erro ao configurarmos ela de forma errada. Apesar da grande frustação que isso causa é possivel corrigir esse problema de forma satísfatória. Programas de edição de fotos como Photoshop e Lightroom, ambos da Adobe, Photo Paint da Corel ou mesmo o GIMP (Gnu Image Manipulation Program) têm recursos de correção de cores que conseguem corrigir esse problema. Entre os programas de edição de fotos o Lightroom é um dos que faz essa correção de forma mais simples e rápida, e o destaque do GIMP é o fato dele ser gratuito (www.gimp.org).
Caso você não tenha paciência, tempo e nem conhecimento para fazer esse tipo de correção, na maioria das lojas que fazem a impressão das fotos digitais o computador que gerencia as impressões pode fazer essa correçao automaticamente porém por ser um processo automatizado e fora do nosso controle nem sempre o resultado é do jeito que esperamos.
Uma forma de evitar esse tipo de problema é escolhermos o formato de arquivo RAW (quando disponível na câmera) pois podemos mudar o balanço de branco da forma que quisermos após a fotografia ser tirada. O formato de arquivo RAW será melhor esplorado em um futuro artigo.
Usando o “erro” do balanço de branco ao nosso favor
Apesar do ideal ser o balanço de branco estar configurado de acordo com a fonte de luz muitas vezes podemos ajustá-lo de forma diferente para conseguirmos efeitos interessantes nas nossas fotografias como esquentar ou esfriar os tons de uma cena, mudar o tom de cores ou mesmo mudarmos a cor de pontos de luz.
Como exemplo dessa mudança podemos observar as fotos 3 à 9. Na foto 3 a foto foi tirada usando-se o balanço de branco automático da câmera. Na foto 4 os tons estão um pouco mais quentes devido ao ajuste em luz do sol. Conseguimos esquentar ainda mais os tons ao ajustar o balanço de branco para dia nublado e mais ainda para sombra, como verificamos nas fotos 5 e 6, consecutivamente. Na foto 7 os tons estão bem frios pois a câmera foi ajustada para lâmpada incandescente e como esse tipo de lâmpada emite uma luz mais amarelada a câmera “entende” que precisa esfriar mais as cores para compensar essa tonalidade amarela deixando a foto com cores mais naturais, ou seja, o céu mais azul e o sol mais branco. Apesar de teoricamente esse balanço de branco ser mais “correto” isso fez com que se acabasse o clima de pôr do sol. Na foto 8 o ajuste é para lâmpada fluorescente, note o tom mais violeta do céu. Esse efeito é particularmente interessante quando se tem muitas nuvens ao redor do sol no momento do pôr do sol ou quando o sol já se pôs. Na foto 9 o ajuste é para flash, note-se que os tons são os mesmo da foto 4 que é para luz do sol.






Nos exemplos acima não dá para dizermos se têm certo ou errado na escolha do balanço de branco pois é um questão de gosto pessoal e da intenção de quem tirou a foto.
Gerhard muito obrigada pelo excelente artigo!
Agradecemos as visitas e comentários.
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